A Neoenergia é uma companhia de capital aberto com ações (NEOE3) negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, a empresa é uma companhia integrada de energia que se apresenta em três segmentos estratégicos de atuação: (i) Redes – distribuição e transmissão; (ii) Renováveis – geração eólica, hidrelétrica e solar e (iii) Liberalizado – geração térmica e comercialização de energia. Exerce suas atividades em 18 estados e no Distrito Federal, com forte presença na Região Nordeste, uma das regiões que mais crescem no país em termos de PIB e populacionais.
Fundada em 1997, com a privatização das concessionárias de distribuição dos estados da Bahia (Neoenergia Coelba) e do Rio Grande do Norte (Neoenergia Cosern), e tendo adquirido a Neoenergia Pernambuco em 2000, a Neoenergia é uma das maiores empresas integradas do setor de energia elétrica latino-americano.
A incorporação da Neoenergia Elektro, em agosto de 2017, consolidou a Neoenergia como uma empresa de energia elétrica integrada de referência na América Latina com presença em distribuição em São Paulo, o estado mais desenvolvido do Brasil.
Com a aquisição da distribuidora Neoenergia Brasília (antiga CEB-D), em março de 2021, a Neoenergia passa a assumir a distribuição de energia para os clientes do Distrito Federal, com o compromisso de ampliar os investimentos e adotar um modelo de gestão eficiente que assegure a disponibilidade do serviço e o respeito aos recursos humanos e naturais. A incorporação da Neoenergia Brasília contempla uma oportunidade de ganho de sinergia com as demais concessionárias do grupo.
Abrangendo uma área de concessão de cerca de 842 mil quilômetros quadrados e com aproximadamente 16,4 milhões de unidades consumidoras atendidas por suas cinco distribuidoras – Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP/MS) e Neoenergia Brasília (DF), a Neoenergia é responsável por levar energia a 37,7 milhões de pessoas, sendo o maior player de distribuição do Brasil em número de consumidores e RAB.
Este crescimento se deu essencialmente de forma orgânica, impulsionado por investimentos relevantes em melhoria de qualidade, na universalização do acesso à energia em suas áreas de concessão e pelo desenvolvimento de projetos greenfield de geração, principalmente a partir de fontes limpas, além de linhas de transmissão.
A Neoenergia também atua no setor de transmissão de energia elétrica, que compreende a operação e manutenção de linhas de transmissão e de subestações em tensão igual ou superior a 230 kV e que fazem parte do SIN – Sistema Interligado Nacional. A remuneração destes ativos se dá por meio de Receitas Anuais Permitidas – RAP, resultante dos Leilões de Transmissão e/ou de resoluções autorizativas. Entre ativos em operação e em construção, a Companhia possui um portfólio de 18 ativos (8,6 mil km de linhas e 23 subestações), sendo 11 operacionais (3 mil Km e 13 subestações) e 7 lotes em construção (5,6 mil km e 10 subestações).
Em abril de 2023, a Neoenergia assinou um contrato com o GIC para a venda de 50% da sua participação acionária na Neoenergia Transmissão por R$ 1.200 MM, oferta superior ao Equity aportado em mais de R$ 500 MM. Esse acordo compreende os 8 ativos operacionais da empresa, com exceção de Afluente T, por se tratar de uma Companhia listada em Bolsa, e Potiguar Sul, que está sujeito ao mecanismo de “ROFO” (Direito de Primeira Oferta) em 2025, após liquidação das debêntures. Para os ativos em construção, o GIC também terá o Direito de Primeira Oferta para adquirir 50% quando os ativos entrarem em operação. O Acordo possibilita que GIC e Neoenergia analisem e participem conjuntamente em futuros leilões de Transmissão no Brasil, nos lotes que tiverem interesse mútuo. Em 29 de setembro de 2023, ocorreu o fechamento da operação.
Na área de Geração, entre ativos em operação ou em construção, o grupo tem capacidade instalada de 4,4 GW, além disso conta com pipeline greenfield de 5,1 GW de capacidade instalada potencial. A capacidade instalada total é dividida da seguinte forma: (a) 2,2 GW de hidro (b) 1,6 GW é referente às eólicas, (c) 0,1 GW dos parques solares e (d) 0,5 GW da usina térmica – Termopernambuco.
Em dezembro de 2022, a Neoenergia assinou um contrato de permuta de ativos com o Grupo Eletrobras, visando a reciclagem de ativos para simplificar a estrutura societária. Nessa permuta, a Neoenergia recebeu +49% de Dardanelos, atingindo 100%, e +0,04% em Neoenergia Coelba, Neoenergia Cosern e Afluente T. Por sua vez, Eletrobras recebeu +51% em Teles Pires, totalizando 100%, e +51% do consórcio UHE Baguari, atingindo 66% do ativo e passando a deter 100% de Baguari I, que possui 51% do consórcio. Em setembro de 2023 ocorreu o fechamento da operação.
Nossa plataforma de geração está baseada em matrizes de fontes limpas, com significativa participação de renováveis, possuindo concessões de longa duração e contratos de comercialização de longo prazo no mercado regulado (CCEAR´s). Acreditamos que a diversidade da matriz, aliada à nossa presença nos segmentos de distribuição, transmissão, geração e comercialização, permite-nos consistência na geração de resultados e mitigação de riscos.